Premiação e Reconhecimento

Alok recebeu uma premiação no festival de Cannes já que teve a sua atuação junto aos povos indígenas brasileiros reconhecida durante evento promovido pela Better World Fund e organizado pela Amazônia Fund Alliance /BFUCA UNESCO. O artista foi homenageado com…

Alok recebeu uma premiação no festival de Cannes já que teve a sua atuação junto aos povos indígenas brasileiros reconhecida durante evento promovido pela Better World Fund e organizado pela Amazônia Fund Alliance /BFUCA UNESCO. O artista foi homenageado com prêmio por seu comprometimento com os direitos e a cultura dos povos originários da promoção de um mundo mais sustentável. O prêmio foi entregue pela Deputada Federal Célia Xakriabá e pelo Cacique Mapu Huni Kuī.

A Deputada aproveitou para registrar na ocasião a urgência na demarcação de terras indígenas, bem como é urgente resistirmos contra a aprovação do PL 490 e o Marco Temporal que altera a legislação da demarcação de terras, flexibiliza o contato com povos isolados, proíbe a ampliação de terras que já foram demarcadas e permite a exploração de terras.

O indígena Mapu complementou a fala de Célia. “Eu quero dizer que acredito e confio muito em cada um de vocês para fazermos a diferença não somente em palavras, mas em ação. Fazer a diferença pela proteção da humanidade, para um clima mais saudável, uma água mais pura para as futuras gerações, pra que nós possamos manter o mundo equilibrado. E por fim, quero agradecer à BFUCA UNESCO e toda irmandade que nos acolhe e abriu as portas para que pudéssemos estar aqui presentes, trazendo essa aliança espiritual. Por último, quero agradecer o nosso DJ e irmão Alok, porque o futuro é ancestral”, finalizou o cacique.

O DJ não pode comparecer ao evento por estar em turnê nos Estados Unidos mais participou através de uma vídeo chamada e em seu discurso reafirmou a importância dos povos originários ocuparem os mais diversos espaços sociais.

“Estou muito emocionado: este prêmio significa muito para mim! Estou triste de não estar aí com vocês, em função da turnê que estou fazendo na América do Norte. Agradeço à Better
World Fund, ao Amazon Fund Alliance e à BFUCA UNESCO e quero compartilhar este prêmio com a comunidade indígena brasileira que há séculos vem lutando pela valorização de sua identidade e pelo seu direito de viver. No Brasil, o que é ensinado nas escolas até hoje é uma visão colonizadora que omite a importância da cultura, do conhecimento e da sabedoria de um povo que há milhares de anos vive respeitando, celebrando e preservando a natureza.”
Ao citar o Instituto Alok em parceria com o UN Global Compact e a We Light, o artista informou que lançou o fundo ANCESTRAIS DO FUTURO, convidando todos a fazerem uma aliança, para que possam apoiar projetos ambientais, culturais e o uso de novas tecnologias para melhorar a qualidade de vida nas aldeias. Mas, especialmente, para o financiamento de produções indígenas de cinema.

“Eles precisam contar suas próprias histórias! E como os próprios indígenas dizem, o cinema é o arco e a flecha do presente. É a ancestralidade e tecnologia apontando para o futuro. Vamos juntos nessa?”.

Alok se despediu deixando um abraço para os amigos presentes na cerimônia, Sônia Guajajara, Célia Xakriabá e Mapu Huni Kui, Cacique e Mestre Raoni Expressou sua gratidão por ser acolhido por eles em seu desejo de contribuir a esta causa.

O prêmio foi recebido pelos diretores do Instituto Alok, Devam Bhaskar e Fábio Soares. Vale lembrar que, no último mês, Alok esteve na sessão solene de abertura da 19 edição do Acampamento Terra Livre, na Câmara dos Deputados, em Brasília, quando defendeu uma “economia verde” e incentivo a um maior protagonismo dos povos indígenas na indústria do entretenimento (cinema, música e games), enfatizando que eles são os principais responsáveis pela manutenção da biodiversidade mundial e que precisamos aprender a ouvir suas vozes. Já em setembro do ano passado, Alok e alguns artistas indígenas marcaram presença na Climate Week da ONU, em NY, para realizar uma performance musical e lançar o fundo social “Ancestrais do Futuro” para apoio a projetos (o Fundo é uma parceria do Instituto Alok com o Pacto Global Brasil da ONU e a WeLight).

Em Cannes, durante o principal festival de cinema do mundo quando as lentes da mídia se voltam à riviera francesa, o fundo “Ancestrais do Futuro” foi apresentado em jantar beneficente para receber recursos da Amazônia Fund Alliance com o objetivo de financiar ações indígenas nas áreas de produção cultural, formação tecnológica e uso de tecnologia para o bem-viver nas aldeias (proteção territorial, preservação ambiental, saúde e educação).

“Nosso objetivo é criar uma aliança pelos povos indígenas e pela floresta tropical por meio do apoio à sua expressão cultural, da conservação e ao reflorestamento, de mãos dadas com importantes organizações brasileiras como o Instituto Alok, a SPVS Mata Atlântica e SOS Amazônia”, diz Thierry Klemeniuk, co-fundador da Amazônia Fund Alliance.

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